Foto: Frederico Mendes. |
O bar/restaurante Almanaque
Café, localizado em Campinas, completa cinco anos neste janeiro e traz, no
dia 21 (quarta-feira), o grupo Boca
Livre, considerado divisor de águas no universo da música vocal brasileira.
Para celebrar a data em grande estilo, o conjunto apresenta composições do
recente álbum Amizade, com um
repertório renovado a partir de refinadíssimo garimpo realizado por Maurício
Maestro (contrabaixo, violão e vocal), Zé Renato (vocal e violão), David Tygel
(viola e vocal) e Lourenço Baeta (flautas, violão e vocal).
O grupo, fundado em 1978, traz no repertório, Baião do Acordar, do baixista
pernambucano Novelli, gravada pelo autor nos anos 1970 junto com Naná
Vasconcelos e Nelson Ângelo e regravada por Egberto Gismonti naquela mesma
década; Terra do Nunca, de Edu Lobo e
Paulo César Pinheiro; Mistério do Prazer,
composta por Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho; Rio Amazonas, uma joia originalmente escrita e lançada por Dori
Caymmi em 1988; Paixão e Fé, canção
de Tavinho Moura e Fernando Brant e Amizade,
escrita por Mauricio Maestro com Marcos Valle, entre outras preciosidades.
Divisor de sons
O quarteto Boca Livre foi formado por Maurício Maestro
(contrabaixo e vocal), Zé Renato (violão e vocal), Cláudio Nucci (violão e
vocal) e David Tygel (violão e vocal). Em 1978, participou do disco Camaleão, de Edu Lobo, excursionando com
o compositor através do Projeto Pixinguinha. Lançou, no ano seguinte, o LP
independente Boca Livre, que
ultrapassou a vendagem de 100 mil cópias, com destaque para as canções Toada (Zé Renato, Claudio Nucci e Juca
Filho) e Quem tem a viola (Zé Renato,
Claudio Nucci e Xico Chaves).
Em 1981, Claudio Nucci desligou-se do conjunto, sendo
substituído por Lourenço Baeta. Com essa nova formação, o grupo gravou Bicicleta (1981), LP independente que
contou com as participações especiais de Tom Jobim e Naná Vasconcelos, Folia (PolyGram,1982) e Boca Livre (PolyGram, 1983).
Em 1989, lançou pela Som Livre o LP Boca Livre em concerto, gravado ao vivo durante temporada no
Canecão (RJ).
Em 1992, David Tygel desligou-se do conjunto, sendo
substituído por Fernando Gama. Nesse ano, o quarteto lançou Dançando pelas sombras, pela MPB/Warner.
Em 1994, após sucessivas turnês e participações em festivais
de música nos Estados Unidos, Europa e Canadá, o grupo regravou a canção Dança de ouro, para Deseo, álbum solo de Jon Anderson, vocalista da banda Yes. Nesse
ano, a gravadora Green Linnet lançou Dançando
pelas sombras no mercado internacional.
Em 1995, o conjunto lançou Song Boca, pela gravadora Velas. O disco, contemplado com o Prêmio
Sharp, incluiu sucessos de sua carreira, além de um livro de partituras com
arranjos vocais assinados por Maurício Maestro.
No ano seguinte, após mais uma turnê, o quarteto gravou em
Nova York o CD Americana, com a
participação de Naná Vasconcelos e de músicos norte-americanos. O disco foi
lançado pela gravadora Velas no Brasil e no exterior.
Em 1998, foi contemplado pela segunda vez com o Prêmio
Sharp, como Melhor Grupo Brasileiro, com o CD comemorativo dos 20 anos de
carreira Boca Livre convida, 20 anos.
O disco contou com participação especial de Claudio Nucci e David Tygel,
integrantes da formação original do grupo, além de Djavan, Chico Buarque, Gal
Costa, Milton Nascimento, Beto Guedes, Erasmo Carlos, Frejat, Ricardo Silveira,
Sérgio Dias e Paulinho Moska. Apresentou-se em temporada no Teatro Rival (RJ) e
nas principais capitais do país, além de participar do Summer Stage Festival de
Nova York (EUA), dividir o palco em Miami (EUA) com João Gilberto e
apresentar-se no Panamá (Panamá) e Caracas (Venezuela).
Em 2000, fez um espetáculo no Metropolitan (RJ), ao lado do
conjunto 14 Bis. O show foi gravado ao vivo e lançado em CD. No final desse
ano, Zé Renato desligou-se do grupo para dedicar-se exclusivamente à carreira
solo, sendo substituído por Claudio Nucci, integrante da formação original do
quarteto.
Em 2006, voltou a atuar com sua formação clássica, integrada
por Maurício Maestro, Zé Renato, David Tygel e Maurício Maestro. Nesse ano,
apresentou-se no Teatro Rival BR e no Canecão, no Rio de Janeiro. No
repertório, Trenzinho caipira
(Villa-Lobos e Ferreira Gullar), Correnteza
(Tom Jobim e Luiz Bonfá), Feito mistério
(Lourenço Baeta e Cacaso), Caxangá
(Milton Nascimento e Fernando Brant), Caravana
(Alceu Valença e Geraldo Azevedo), Dança
do ouro (Lourenço Baeta e Zé Renato), Al
Outro Lado Del Rio (Jorge Drexler), Fazenda
(Nelson Angelo), Mistérios (Maurício
Maestro e Joyce), Eleanor Rigby
(Lennon e McCartney), Não é céu
(Vitor Ramil) e Quando ela fala
(Carlos Lyra, sobre poema de Machado de Assis), entre outras. O espetáculo apresentado
no Teatro Rival BR contou com uma banda formada por João Carlos Coutinho
(piano), Márcio Bahia (bateria), Marcelo Bernardes (sax e flauta) e Iura
Ranevsky (violoncelo). No espetáculo do Canecão, Marcos Nimrichter assumiu o
piano e o acordeom. O show contou ainda com a participação do ator Paulo José,
que também assinou o roteiro.
Lançou, em 2007, o CD e o DVD Boca Livre e ao vivo, em show no Canecão (RJ) com a participação de
Roberta Sá, Rodrigo Maranhão, Renato Brás, Fred Martins e Marcelo Mariano, além
do grupo MPB-4.
Em 2008, foi contemplado com o Prêmio Tim de Música, na
categoria Melhor Grupo/MPB, pelo disco Boca
Livre ao vivo.
Em 2012, participou, ao lado do grupo Cobra Coral e dos
cantores Claudio Nucci e Renato Braz, do espetáculo musical Semente, concebido e dirigido por Cáudia
Brandão e Marcio Borges. Com arranjos assinados por Wagner Tiso, Maurício
Maestro e Túlio Mourão, o espetáculo contou com a participação da Orquestra
Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência do Maestro Marcelo Ramos, da
Companhia de Dança Palácio das Artes, de Helena Borges e do Coral
Infanto-Juvenil Palácio das Artes.
Serviço
5 Anos de Almanaque Café
Show do grupo Boca Livre
Quando: 21 de janeiro (quarta-feira)
Horário: 21h
Onde: Almanaque Café (Avenida Albino José Barbosa de
Oliveira, 1240, Barão Geraldo, Campinas) - Telefone: (19) 3249-0014
Ingressos: antecipado até a véspera, R$80,00; no dia, R$
100,00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário