Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Obra que comemorou os 400 anos da invenção de Gutenberg encerra temporada 2014 da Sinfônica da Unicamp

Crédito da foto: Marilia Vasconcellos.
Com a monumental Sinfonia nº 2, de Felix Mendelssohn Bartholdy (1808-1847), a Orquestra Sinfônica da Unicamp encerra sua temporada artística com concertos nos dias 10 (quarta-feira), no Teatro Castro Mendes, em Campinas e no dia 11, na Igreja Matriz, em Mogi Mirim.
Sob a batuta de Cinthia Alireti (foto), as apresentações terão as participações do Coro Contemporâneo de Campinas (regência, Angelo Fernandes) e do Collegium Vocale Campinas (regência, Akira Kawamoto).
Executada pela primeira vez em Leipzig, em 1840, a obra de Mendelssohn foi encomendada para a comemoração de aniversário dos 400 anos da prensa de Gutenberg. O inventor era considerado um grande orgulho nacional para os alemães e a sua invenção teria influenciado a Reforma Protestante, assim como a liberdade de imprensa.
Por ser comparada à Sinfonia nº 9, de Beethoven, que se tornou um paradigma da sinfonia-coral, a Sinfonia nº 2 de Mendelssohn foi muito criticada pelos autores e compositores da época. Na obra de Beethoven, o coro surge apenas no último movimento, não abandonando a forma clássica utilizada nas obras puramente sinfônicas. Na composição de Mendelssohn, o processo se expande em uma forma que utiliza uma sinfonia quase completa como introdução para vários movimentos cantados, gerando assim o que foi chamado pelo próprio compositor de sinfonia-cantata.
“Ocorre que Mendelssohn, conhecido como o grande descobridor da obra de Bach, se referia não a padrões clássicos para a sua nova criação, mas aos modelos barrocos, utilizando a linguagem do século 19 para traduzir a música de Bach e Handel dentro do universo romântico”, contextualiza a regente Cinthia Alireti.
Segundo ela, mais do que uma compilação de referências aos modelos antigos, Mendelssohn se utiliza do significado de trechos bíblicos para garantir unidade formal à sua sinfonia. “Afinal, o canto de louvor deve ultrapassar os limites da voz e se instalar nas linhas dos instrumentos; como diz o texto, ‘tudo o que respira, louve ao Senhor!’, conclui.            

Serviço
Concerto da Orquestra Sinfônica da Unicamp​
Regência: Cinthia Alireti ​
Intérpretes: Coro Contemporâneo de Campinas (regência, Angelo Fernandes) e Collegium Vocale Campinas (regência, Akira Kawamoto)
Programa: Mendelssohn – Sinfonia nº 2 “Canto de louvor”​
Quando:
10 de dezembro (quarta-feira), 20h, no Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos, s/nº, Vila Industrial, Campinas) - Telefone: (19) 3272-9359
Ingressos: R$20,00/R$10,00 e R$5,00 (comunidade da Unicamp - funcionários, professores, alunos)
Dia 11, quinta, às 19h, na Igreja Matriz, em Mogi Mirim. Entrada gratuita.

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