Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Orquestra de Indaiatuba se apresenta no dia 22

Divulgação.
A Orquestra de Indaiatuba se apresenta gratuitamente no sábado, 22 de novembro, a partir das 20h, na Câmara Municipal de Indaiatuba. Com o tema Alma Brasileira, o evento reunirá obras de grandes compositores do século 20, como Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Santino Parpinelli, que atuaram na fronteira do clássico com o popular. Além dos 17 instrumentistas, que se apresentam sob o comando do regente Paulo de Paula, o evento contará ainda com a participação do violista Emerson De Biaggi como solista convidado. 
Na programação três grandes obras: Quarteto de Cordas nº 1, de Heitor Villa-Lobos, que será apresentada em uma versão para orquestra de cordas. A peça está dividida em seis partes, alternando movimentos lentos, de caráter lírico e outros mais rápidos, que remetem a canções populares e folclóricas. Ao final de sua obra, o autor exalta o folclore brasileiro, reproduzindo, através de sua música, os pulos de um saci. A outra obra a ser apresentada, de autoria de Radamés Gnattali, será o Concerto para Viola e Orquestra de Cordas, que foi escrito em 1967, e provavelmente trata-se da obra mais importante do gênero escrita por um compositor brasileiro para o instrumento. A forte presença da música popular brasileira pode ser notada nas melodias e, sobretudo, no uso das fórmulas rítmicas típicas da música nacional, tanto no solo da viola, quanto no acompanhamento da orquestra. Vale lembrar também que Radamés foi o principal arranjador da Rádio Nacional, entre as décadas de 1940 e 1960 e trabalhou com grandes nomes da música popular entre eles Orlando Silva e Ary Barroso, para quem escreveu o arranjo de Aquarela do Brasil. Para fechar a noite, a obra Dansa Nordestina, de Santino Parpinelli – que manteve a grafia original usando dansa ao invés de dança –, inspirada na música nordestina, identificada pelos ritmos Baião e Xaxado. A obra foi escrita originalmente para contrabaixo e será apresentada na versão do próprio compositor para orquestra de cordas.
Fundada há 10 anos, por iniciativa da Prefeitura de Indaiatuba e da Secretaria Municipal de Cultura, como Orquestra Jovem de Indaiatuba, passando, em 2008, a ser denominada como Orquestra de Indaiatuba, devido ao desenvolvimento musical de seus integrantes, tem como principal objetivo permitir a população o acesso à arte, através de apresentações que estimulem e enriqueçam a vida musical da comunidade. Desde sua fundação, é mantida pela Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba (Amoji), que é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento musical da cidade, promovendo atividades de formação que vão desde a iniciação musical até a capacitação e qualificação profissional de jovens instrumentistas. Atualmente a Orquestra de Indaiatuba é formada por 20 instrumentistas e regida pelo maestro Paulo de Paula. Além dos concertos regulares na cidade, o grupo vem se apresentando em diversas cidades do Estado, entre elas Vinhedo, Serra Negra, Jaguariúna, Salto, Monte Verde, Piracicaba, Pindamonhangaba, Itapira e São Paulo.
A apresentação da Orquestra de Indaiatuba, que é gratuita, acontece na Câmara Municipal de Indaiatuba, localizada à Rua Humaitá, 1167, Centro. A apresentação é uma realização da Amoji e Secretaria Municipal da Cultura, e conta com o apoio de Mundo Enem e Aveloz. Saiba mais sobre a orquestra acessando o site www.orquestradeindaiatuba.org.br.

Sobre o regente Paulo de Paula
Além de regente, Paulo de Paula ocupa o cargo de diretor artístico da Orquestra desde o início. Bacharel em música pela Unicamp (Universidade de Campinas), onde estudou violino e viola e desenvolveu projetos de pesquisa nas áreas de musicologia histórica e análise, foi aluno de regência do maestro Henrique Gregori e tem participado de diversos cursos dentro e fora do Brasil como o II Masterclass de Direcção da Orquestra do Algarve, em Portugal, 1º Seminário de Dirección de Orquesta de Bariloche, na Argentina, 1º Laboratório de Regência Orquestral da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Festival de Música de Londrina, Mostra Internacional de Música de Olinda e Oficina de Música de Curitiba, estudando com maestros como Isaac Karabtchevsky, Fábio Mechetti, Johannes Schlaefli (Suíça), Norbert Baxa (República Tcheca), Daisuke Soga (Japão), Alexander Polischuk (Rússia), Luis Gorelik (Argentina) e Osvaldo Ferreira (Portugal).
No ano de 2011 foi um dos 10 regentes selecionados para participar da European Music Academy, em Teplitce, na República Tcheca. Além dos concertos regulares da Orquestra de Indaiatuba, também regeu a Orquestra de Câmara de Bariloche (Argentina), a Orquestra do Algarve (Portugal), North Czech Philharmonic (República Tcheca) e a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa.
Como instrumentista, tem atuado em muitas orquestras paulistas como Orquestra Sinfônica da Unicamp, Orquestra Sinfônica de Americana, Orquestra Filarmônica de Piracicaba e Filarmônica de Rio Claro, entre outras. Participou também da Orquestra Barroca do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora e da Orquestra Armonico Tributo.
Tem se destacado pela criação e desenvolvimento de projetos de educação musical como a Orquestra Infanto-Juvenil da Unicamp e a Orquestra Jovem de Indaiatuba, sendo atualmente membro da Associação Suzuki das Américas.

Sobre a Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba
A Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento musical da cidade, promovendo atividades de formação que vão desde a iniciação musical até a capacitação e qualificação profissional de jovens instrumentistas, além de atuar na divulgação e popularização do repertório clássico através de concertos comentados e apresentações didáticas em escolas e associações de bairro do município.
Criada em 2004, com a finalidade de gerir e administrar a Orquestra Jovem de Indaiatuba, tem viabilizado o desenvolvimento técnico e artístico de muitos jovens instrumentistas da cidade, por meio de aulas individuais de violino, viola, violoncelo e flauta, além deles participarem dos ensaios e apresentações da Orquestra.
Além das duas orquestras, a Associação também se dedica à formação musical básica de crianças e adolescentes e, para isso, mantém cursos de iniciação musical em bairros periféricos e da zona rural do município, em que são oferecidas aulas gratuitas de violino e violoncelo duas vezes por semana. Projeto que vem sendo desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Indaiatuba, que disponibiliza transporte e apoio institucional, enquanto a Associação oferece os professores e os instrumentos utilizados nas aulas, permitindo assim que cerca de 200 jovens tenham acesso à iniciação musical e possam aprender a tocar um instrumento.
Em parceria com a Prefeitura, a Associação mantém atualmente dois centros de Educação Musical, que funcionam no Centro Cultural do Jardim Morada do Sol e no Centro Cultural Wanderley Peres, que fica na área central do município de Indaiatuba. Essas parcerias servem não apenas para viabilizar os espaços, mas também para reforçar os laços da Associação e dos polos com as comunidades.

Sobre o solista Emerson De Biaggi
Cursou o bacharelado em Música no departamento de Música da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo), onde foi aluno dos professores Perez Dworecki e Horácio Shaeffer. Realizou seu mestrado na Boston University (1992), estudando com Raphael Hillyer e Steven Ansell. Em seguida cursou doutorado na Universidade da Califórnia, sob orientação de Heiichiro Ohyama, Donald McInnes e Ronald Copes. Durante este curso integrou o quarteto de cordas em residência no departamento de Música da UCSB, com apresentações em várias cidades dos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Participou de festivais de música no Conservatório de Moscou (Rússia), dos festivais de Round Top (Texas) e do Pprograma de Quartetos de Cordas do Festival Bravo! (Colorado, nos EUA), além do curso para quarteto de cordas com o quarteto Alban Berg na Britten-Pears School, Inglaterra.
Após a conclusão do doutorado integrou a Boston Philharmonic, a Vermont Symphony Orchestra e a Boston Modern Music Orchestra, regressando ao Brasil em 1997 para integrar a Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo. Entre 1999 e 2001 foi chefe dos naipes de violas das Orquestras de Câmara da Unesp e Orquestra de Câmara São Paulo e entre 2002 e 2004 monitor do naipe de violas da Orquestra Experimental de Repertório.
Também foi professor de viola e música de câmara no departamento de Música da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de 1997 a 2004, exercendo estas mesmas atividades no Instituto de Artes da Unicamp (Universidade de Campinas) desde 1998, além de lecionar nos cursos de pós-graduação. Integra ainda o trio de cordas Camaleon, o grupo Carcoarco e o quinteto de cordas Quintal Brasileiro.
Como solista, desenvolve trabalho de valorização do repertório brasileiro contemporâneo, tendo se apresentado frente às seguintes orquestras: Teatro São Pedro de Porto Alegre, Câmara de Jundiaí, Sinfônica da Unicamp, Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, Sinfônica Jovem da Paraíba, Antunes Câmara, Experimental de Repertório, Câmara de Curitiba, Sinfônica de Santo André, Sinfônica de Santos, Sinfônica Nacional, Sinfônica de Campinas e Sinfônica Paulista.

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