Divulgação. |
A Orquestra de
Indaiatuba se apresenta gratuitamente no sábado, 22 de novembro, a partir
das 20h, na Câmara Municipal de
Indaiatuba. Com o tema Alma
Brasileira, o evento reunirá obras de grandes compositores do século 20,
como Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Santino Parpinelli, que atuaram na
fronteira do clássico com o popular. Além dos 17 instrumentistas, que se
apresentam sob o comando do regente Paulo de Paula, o evento contará ainda com
a participação do violista Emerson De Biaggi como solista convidado.
Na programação três grandes obras: Quarteto de Cordas nº 1, de Heitor Villa-Lobos, que será
apresentada em uma versão para orquestra de cordas. A peça está dividida em
seis partes, alternando movimentos lentos, de caráter lírico e outros mais
rápidos, que remetem a canções populares e folclóricas. Ao final de sua obra, o
autor exalta o folclore brasileiro, reproduzindo, através de sua música, os
pulos de um saci. A outra obra a ser apresentada, de autoria de Radamés Gnattali,
será o Concerto para Viola e Orquestra de
Cordas, que foi escrito em 1967, e provavelmente trata-se da obra mais
importante do gênero escrita por um compositor brasileiro para o instrumento. A
forte presença da música popular brasileira pode ser notada nas melodias e,
sobretudo, no uso das fórmulas rítmicas típicas da música nacional, tanto no
solo da viola, quanto no acompanhamento da orquestra. Vale lembrar também que
Radamés foi o principal arranjador da Rádio Nacional, entre as décadas de 1940
e 1960 e trabalhou com grandes nomes da música popular entre eles Orlando Silva
e Ary Barroso, para quem escreveu o arranjo de Aquarela do Brasil. Para fechar a noite, a obra Dansa Nordestina, de Santino Parpinelli –
que manteve a grafia original usando dansa
ao invés de dança –, inspirada na
música nordestina, identificada pelos ritmos Baião e Xaxado. A obra foi escrita
originalmente para contrabaixo e será apresentada na versão do próprio
compositor para orquestra de cordas.
Fundada há 10 anos, por iniciativa da Prefeitura de
Indaiatuba e da Secretaria Municipal de Cultura, como Orquestra Jovem de
Indaiatuba, passando, em 2008, a ser denominada como Orquestra de Indaiatuba,
devido ao desenvolvimento musical de seus integrantes, tem como principal objetivo
permitir a população o acesso à arte, através de apresentações que estimulem e
enriqueçam a vida musical da comunidade. Desde sua fundação, é mantida pela
Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba (Amoji), que é uma
sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento musical da
cidade, promovendo atividades de formação que vão desde a iniciação musical até
a capacitação e qualificação profissional de jovens instrumentistas. Atualmente
a Orquestra de Indaiatuba é formada por 20 instrumentistas e regida pelo
maestro Paulo de Paula. Além dos concertos regulares na cidade, o grupo vem se
apresentando em diversas cidades do Estado, entre elas Vinhedo, Serra Negra,
Jaguariúna, Salto, Monte Verde, Piracicaba, Pindamonhangaba, Itapira e São
Paulo.
A apresentação da Orquestra de Indaiatuba, que é gratuita,
acontece na Câmara Municipal de Indaiatuba, localizada à Rua Humaitá, 1167,
Centro. A apresentação é uma realização da Amoji e Secretaria Municipal da
Cultura, e conta com o apoio de Mundo Enem e Aveloz. Saiba mais sobre a
orquestra acessando o site www.orquestradeindaiatuba.org.br.
Sobre o regente Paulo
de Paula
Além de regente, Paulo de Paula ocupa o cargo de diretor
artístico da Orquestra desde o início. Bacharel em música pela Unicamp
(Universidade de Campinas), onde estudou violino e viola e desenvolveu projetos
de pesquisa nas áreas de musicologia histórica e análise, foi aluno de regência
do maestro Henrique Gregori e tem participado de diversos cursos dentro e fora
do Brasil como o II Masterclass de Direcção da Orquestra do Algarve, em
Portugal, 1º Seminário de Dirección de Orquesta de Bariloche, na Argentina, 1º
Laboratório de Regência Orquestral da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais,
Festival de Música de Londrina, Mostra Internacional de Música de Olinda e
Oficina de Música de Curitiba, estudando com maestros como Isaac Karabtchevsky,
Fábio Mechetti, Johannes Schlaefli (Suíça), Norbert Baxa (República Tcheca),
Daisuke Soga (Japão), Alexander Polischuk (Rússia), Luis Gorelik (Argentina) e
Osvaldo Ferreira (Portugal).
No ano de 2011 foi um dos 10 regentes selecionados para
participar da European Music Academy, em Teplitce, na República Tcheca. Além
dos concertos regulares da Orquestra de Indaiatuba, também regeu a Orquestra de
Câmara de Bariloche (Argentina), a Orquestra do Algarve (Portugal), North Czech
Philharmonic (República Tcheca) e a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa.
Como instrumentista, tem atuado em muitas orquestras
paulistas como Orquestra Sinfônica da Unicamp, Orquestra Sinfônica de
Americana, Orquestra Filarmônica de Piracicaba e Filarmônica de Rio Claro,
entre outras. Participou também da Orquestra Barroca do Festival Internacional
de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora e da Orquestra Armonico
Tributo.
Tem se destacado pela criação e desenvolvimento de projetos
de educação musical como a Orquestra Infanto-Juvenil da Unicamp e a Orquestra
Jovem de Indaiatuba, sendo atualmente membro da Associação Suzuki das Américas.
Sobre a Associação Mantenedora
da Orquestra Jovem de Indaiatuba
A Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba é
uma sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento musical
da cidade, promovendo atividades de formação que vão desde a iniciação musical
até a capacitação e qualificação profissional de jovens instrumentistas, além
de atuar na divulgação e popularização do repertório clássico através de
concertos comentados e apresentações didáticas em escolas e associações de
bairro do município.
Criada em 2004, com a finalidade de gerir e administrar a
Orquestra Jovem de Indaiatuba, tem viabilizado o desenvolvimento técnico e
artístico de muitos jovens instrumentistas da cidade, por meio de aulas
individuais de violino, viola, violoncelo e flauta, além deles participarem dos
ensaios e apresentações da Orquestra.
Além das duas orquestras, a Associação também se dedica à
formação musical básica de crianças e adolescentes e, para isso, mantém cursos
de iniciação musical em bairros periféricos e da zona rural do município, em
que são oferecidas aulas gratuitas de violino e violoncelo duas vezes por
semana. Projeto que vem sendo desenvolvido em parceria com a Prefeitura
Municipal de Indaiatuba, que disponibiliza transporte e apoio institucional,
enquanto a Associação oferece os professores e os instrumentos utilizados nas
aulas, permitindo assim que cerca de 200 jovens tenham acesso à iniciação
musical e possam aprender a tocar um instrumento.
Em parceria com a Prefeitura, a Associação mantém atualmente
dois centros de Educação Musical, que funcionam no Centro Cultural do Jardim
Morada do Sol e no Centro Cultural Wanderley Peres, que fica na área central do
município de Indaiatuba. Essas parcerias servem não apenas para viabilizar os
espaços, mas também para reforçar os laços da Associação e dos polos com as
comunidades.
Sobre o solista
Emerson De Biaggi
Cursou o bacharelado em Música no departamento de Música da
ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo), onde foi
aluno dos professores Perez Dworecki e Horácio Shaeffer. Realizou seu mestrado
na Boston University (1992), estudando com Raphael Hillyer e Steven Ansell. Em
seguida cursou doutorado na Universidade da Califórnia, sob orientação de
Heiichiro Ohyama, Donald McInnes e Ronald Copes. Durante este curso integrou o
quarteto de cordas em residência no departamento de Música da UCSB, com
apresentações em várias cidades dos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil.
Participou de festivais de música no Conservatório de Moscou (Rússia), dos
festivais de Round Top (Texas) e do Pprograma de Quartetos de Cordas do
Festival Bravo! (Colorado, nos EUA), além do curso para quarteto de cordas com
o quarteto Alban Berg na Britten-Pears School, Inglaterra.
Após a conclusão do doutorado integrou a Boston
Philharmonic, a Vermont Symphony Orchestra e a Boston Modern Music Orchestra,
regressando ao Brasil em 1997 para integrar a Orquestra Sinfônica Estadual de
São Paulo. Entre 1999 e 2001 foi chefe dos naipes de violas das Orquestras de
Câmara da Unesp e Orquestra de Câmara São Paulo e entre 2002 e 2004 monitor do
naipe de violas da Orquestra Experimental de Repertório.
Também foi professor de viola e música de câmara no
departamento de Música da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de 1997 a
2004, exercendo estas mesmas atividades no Instituto de Artes da Unicamp
(Universidade de Campinas) desde 1998, além de lecionar nos cursos de
pós-graduação. Integra ainda o trio de cordas Camaleon, o grupo Carcoarco e o
quinteto de cordas Quintal Brasileiro.
Como solista, desenvolve trabalho de valorização do
repertório brasileiro contemporâneo, tendo se apresentado frente às seguintes
orquestras: Teatro São Pedro de Porto Alegre, Câmara de Jundiaí, Sinfônica da
Unicamp, Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, Sinfônica Jovem da Paraíba,
Antunes Câmara, Experimental de Repertório, Câmara de Curitiba, Sinfônica de
Santo André, Sinfônica de Santos, Sinfônica Nacional, Sinfônica de Campinas e
Sinfônica Paulista.
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