Considerado um dos mais craques músicos da sua geração, o
pianista André Marques se apresenta
no bar/restaurante Almanaque Café (Avenida
Albino José Barbosa de Oliveira 1240, Barão Geraldo – Campinas) na próxima
quarta-feira (dia 2 de abril). Acompanhado por Marcel Bottaro (contrabaixo),
Fúlvio Moraes (bateria), Guilherme Fanti (guitarra), Diego Garbin (trompete) e
Fábio Oliva (trombone), André lança o CD Sexteto
com composições de sua autoria (exceto Desvairada,
de Garoto e Oriente, de Gilberto Gil,
arranjadas pelo músico).
Desde o início de sua carreira profissional, em 1994, André
Marques é um guardião da identidade da música brasileira. Através de trabalhos
com Hermeto Pascoal (pianista de seu grupo há 20 anos), Trio Curupira e Vintena
Brasileira, o músico fez uma grande pesquisa por todas as regiões do Brasil e
começou a criar a sua música a partir dos ritmos brasileiros.
Na sua música ferve o caldeirão com a diversidade de
estilos, com catira, frevo, ciranda, toada, baião, jongo, chamamé, maracatu,
maxixe, caboclinho, bumba-meu-boi, xaxado, samba, congada, reisado, guarânia e
chacarera, entre outros.
Esse trabalho com a formação de sexteto é o seu novo projeto
solo, continuação de outros dois projetos, o de piano solo e o de quarteto. Com
esse novo trabalho, André já tocou por todo o estado de São Paulo e também na
Argentina, Uruguai e em Curitiba, durante a Oficina de Música, além de ter um
CD gravado e estar se preparando para o segundo.
Com o sexteto, André quer levar ao público, através de sons
consequentes da nossa pluralidade cultural herdada, uma música original, que só
o Brasil possui.
Nascido em São Paulo e residente na cidade de Sorocaba desde
2002, André Marques
iniciou-se na música aos 11 anos (1986), estudando piano
erudito, passando depois para o piano popular no Conservatório Wilson Cúria e
posteriormente, no CLAM, com Amilton Godoy (pianista do Zimbo Trio).
Começou profissionalmente em 1992, em gravações de jingles para publicidade, além de
participar de vários festivais, ao lado de Natan Marques, seu pai, dentre eles
o festival de Avaré de 1993, de onde saíram vencedores com uma música de Natan
(Meninos).
Em janeiro de 1994 ingressou no grupo de Hermeto Pascoal,
com quem já excursionou por todo o Brasil, Europa, EUA, Japão, África do Sul,
México, Caribe, Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai e com quem toca até hoje,
participando de grandes festivais de música e tendo sua atuação comentada em
jornais como The New York Times (EUA)
e The Guardian (Inglaterra). Em 2002,
gravou seu primeiro CD como integrante do grupo de Hermeto, o CD Mundo Verde Esperança, com o qual
ganhou, juntamente com os outros músicos do grupo, o prêmio TIM (antigo Prêmio Sharp)
de melhor grupo musical do ano, além de uma indicação para o Grammy.
Em 1996, ao lado de Ricardo Zohyo e Cleber Almeida, formou o
Trio Curupira, trio de música instrumental brasileira, hoje com Fábio Gouvêa no
lugar de Zohyo e reconhecido em todo Brasil, com três CDs gravados, shows pelo
Brasil, Argentina e Europa, tendo como destaque o Buenos Aires jazz y otras musicas em 2007, Festival Tribulaciones
de Buenos Aires em 1998, o Free Jazz Festival (São Paulo e Rio de Janeiro) de
2001 e o Rock in Rio edição Lisboa em 2004. O seu terceiro CD Pés no Brasil, cabeça no mundo também
foi lançado na Argentina, pelo selo MDR Records, lançamento que foi marcado em 2008
por uma turnê em 12 cidades, com muita repercussão da imprensa local e obteve
uma indicação para o Grammy Latino desse mesmo ano e para o Prêmio de Música
Brasileira de 2009 (antigo Prêmio TIM). O Trio Curupira também participou de
vários programas de TV, como Metrópolis
e Mosaicos (TV Cultura), Instrumental SESC Brasil (SESC TV), Ao vivo no Clube do Choro (TV Senado) e Programa
do Jô (Rede Globo).
Em 2004 teve a sua música Serpente, gravada no CD Revoada,
do saxofonista Vinícius Dorin, CD que também teve sua participação como músico
em 3 faixas.
Em novembro de 2006, participou de um importante projeto
realizado na cidade de São Paulo, o projeto Obra
Viva – Homenagem a Tom Jobim, convidado pelo SESC Pompéia, onde fez a
direção musical e todos os arranjos que tiveram como intérpretes Danilo Caymmi,
Rosa Passos, Elza Soares, Thalma de Freitas e Max de Castro.
Em julho de 2009, foi o diretor musical e arranjador do
projeto Trilhando, também no SESC
Pompéia, projeto que teve como repertório músicas dos filmes de Carlos
Reichenbach, todas arranjadas por André e que teve as participações de Nelson
Ayres, Simoninha, Fafá de Belém e Gabriel Levy. Em 2010 foi convidado para uma
participação como solista da Orquestra a Base de Cordas de Curitiba, onde
também fez arranjos para 4 músicas de sua autoria.
Atua como professor desde 1995 e hoje leciona no
Conservatório Dramático e Musical de Tatuí-SP e na Faculdade Internacional
Souza Lima e Berklee, em São Paulo – SP, além de dar oficinas musicais por todo
o Brasil (São Paulo-SESC Vila Mariana, Curitiba, Ouro Preto, Itajaí,
Jericoacoara, Joinville, Tatuí, Bauru, Botucatu e S. José do Rio Preto, entre
outras). De uma dessas oficinas nasceu a
Vintena Brasileira, uma pequena orquestra de 23 músicos que se prepara para o
lançamento de seu segundo CD e teve duas turnês pelo interior de São Paulo,
patrocinadas pela Petrobrás (2006) e Cacau Show (2010). Também lançou em 2008
seu primeiro CD de piano solo, intitulado SOLO,
com shows pelo Brasil e Argentina.
André Marques, além de todos esses trabalhos, também teve
participações ao lado de grandes nomes da música como Hermeto Pascoal, Vinícius
Dorin, Márcio Bahia, Itiberê Zwarg, Fábio Pascoal, Ari Hoenig, Natan Marques,
Arismar do Espírito Santo, Jane Duboc, Luciana Souza, Roberto Sion, Gabriel
Grossi, Daniel Santiago, Thiago do Espírito Santo, Ithamara Koorax, Arrigo
Barnabé, Danilo Caymmi, Yamandú Costa, Izabel Padovani, Dominguinhos, Kiko
Freitas, Marcos Lobo, Elza Soares, Renato Teixeira, Nenê, Célio Barros, Mestre
Salustiano e Hamilton de Holanda, entre outros.
Ao lado do grupo de Hermeto Pascoal, participou em jam sessions com Steve Coleman, Gilberto
Gil, Nana Vasconcelos, Jair Rodrigues, Heraldo do Monte, Carlos Malta e Luis
Salinas, entre outros.
Repertório
Jongolê (jongo)
Forrozinho nº2 (baião)
Chamamé para Arlindo
(chamamé)
Desperta e voa
(choro)
Desvairada (valsa-choro)
E tudo começou no
cururu (cururu)
Frevo da garoa/Frevo da tempestade (frevos)
Santa Tereza (música
livre)
Chacarerita
(chacarera)
Tarde na pracinha (quadrilha)
Oriente (música
livre).
Informações: (19) 3249-0014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário