Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Obras da fase II do restauro da Catedral de Campinas terão início

www.catedralcampinas.com.br
O Banco Bradesco doou R$1,100 milhão para a fase II do projeto de restauro da Catedral Metropolitana de Campinas, por meio da Lei de Incentivos Fiscais (Lei Rouanet). A verba, somada à doação de R$350 mil feita pelo Banco Itaú em 2012, atinge os 20% do valor total da obra – R$7,1 milhões –, que a lei exige que estejam depositados em conta específica para o início da execução dos trabalhos. Até o final de 2013 o Bradesco deve destinar mais R$400 mil para esta fase do projeto.
O aporte feito pelo Bradesco é o segundo que chega desde que o Ministério da Cultura autorizou a Arquidiocese de Campinas a captar o montante necessário para essa etapa das obras e foi obtido graças à iniciativa conjunta da Associação Comercial e Industrial de Campinas e do deputado federal Guilherme Campos, vice-presidente da entidade, também responsáveis pela primeira captação de R$350 mil junto ao Itaú.
De acordo com o arquiteto Ricardo Leite, coordenador do projeto de restauro da catedral, a fase II, iniciada em 2007 com a elaboração dos projetos, compreende a recuperação das quatro fachadas, da torre e do campanário. Ele explica que os recursos serão destinados para a contratação dos projetos executivos como o de arquitetura, elétrico, luminotécnico, sonorização, prospecção de pintura, ensaios de argamassa e também para a contratação da empresa Concrejato, responsável pela execução das fachadas. As obras devem ter início em seis meses a partir da assinatura do contrato com a Concrejato, prevista para setembro e começarão pela torre. Ricardo Leite explica que nesta etapa será feito mais de 25% do trabalho, uma vez que a fachada principal é a mais trabalhosa.
À frente do projeto desde o início da fase I, em janeiro de 2004, Ricardo Leite faz um chamamento para toda a comunidade para que haja um maior envolvimento e para que todos colaborem com a restauração. “É necessário uma maior mobilização principalmente por parte dos empresários com respeito à identidade cultural e histórica da cidade. Pela lei, eles podem destinar até 4% do imposto de renda devido a projetos culturais aprovados – como o da catedral – e, assim, contribuir para recuperar o maior patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso de Campinas”, explica.
Localizada na Praça José Bonifácio, no Centro, junto ao calçadão da Rua 13 de Maio, uma das principais artérias do comércio e por onde circula um grande fluxo de pedestres, a Catedral Metropolitana de Campinas é tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e pelo Condepacc. É a principal igreja da Diocese de Campinas e uma das mais antigas da região. Sua construção data do século 19 e sua ornamentação interna foi executada pelo escultor baiano Vitoriano dos Anjos e pelo fluminense Bernardinino de Sena. Atualmente, o local recebe mais de três mil pessoas por dia e, durante a Jornada Mundial da Juventude, o Museu Arquidiocesano, alocado no interior da catedral, registrou a visitação de mais de mil jovens de diversos países como França, Chile, Indonésia, Polônia, Espanha, Estados Unidos e Canadá, entre outros.
O projeto de restauro visa promover a reabilitação física do edifício e sua readequação funcional, a partir dos parâmetros gerais que regem e regulamentam os procedimentos de restauro, com o objetivo de tornar a catedral um complexo religioso e cultural, apto a tornar-se referência turística da cidade durante os eventos esportivos que ocorrerão no Brasil em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas).
Na fase I do projeto foi captado R$1,58 milhão, valor que foi destinado para a troca do telhado do templo, a restauração do teto, parte da reforma das partes elétrica e hidráulica e a restauração dos três lustres de cristais.

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