Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Indaiatuba apontada como 1ª da RMC e a 3ª do Brasil pelo índice Firjan de desenvolvimento

Crédito da foto: Giuliano Miranda - SCS/PMI.
A Prefeitura de Indaiatuba recebeu na manhã de sexta-feira (4) o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal 2015, que é referência para o acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. O índice, que acompanha as áreas de Emprego & Renda, Educação e Saúde, colocou Indaiatuba em 3º lugar do Brasil, 2º lugar no Estado de São Paulo e 1º lugar da Região Metropolitana de Campinas, com IFDM de 0.9009. A edição 2015 do IFDM, com base em dados relativos a 2013, traz comparações da série histórica iniciada em 2005 e, de acordo com a instituição, Indaiatuba é a única cidade brasileira a se manter entre os 10 primeiros colocados do IFDM em todos os anos.

Para o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, esse é mais um índice de destaque para Indaiatuba. “A avaliação é extremamente positiva e são três índices e sub-índices, como Emprego e Renda, Educação e Saúde. Isso é resultado de um bom planejamento municipal e uma gestão fiscal de austeridade e de aplicabilidade dos recursos públicos. O índice que se destaca é o da Educação, cuja pasta também é uma das primeiras em outras pesquisas, além, é claro, do índice de desenvolvimento municipal, que nos ranqueia como a terceira cidade do País”, enfatiza. “Nestes 10 anos dos índices da Firjan a análise dos temas sempre foram de destaque. É o caminho que percorremos com todos nossos acertos em desenvolvimento da cidade nos obriga a continuar a fomentar esse desenvolvimento, trazendo novas indústrias – que somente em 2015 foram 25 que irão gerar mais de mil postos de trabalho –, aperfeiçoar a nossa infraestrutura, o sistema de saúde – e hoje estamos construindo um novo hospital –, aprofundarmos cada vez mais nosso sistema pedagógico nas escolas municipais; enfim, deixar Indaiatuba melhor ainda”, conclui.

Metologia
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: desenvolvimento baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1). Foram avaliados 5.517 municípios, que abrigam 99,8% da população. Ficaram fora do índice cinco cidades criadas recentemente, que ainda não possuem dados suficientes para análise e 48 que não declararam ou possuem informações inconsistentes.

O destaque para Indaiatuba foi o índice de Educação, com 0.9776, que avalia: matrículas na educação infantil; abandono no ensino fundamental; distorção idade-série no ensino fundamental; docentes com ensino superior; média de horas aula diárias no ensino fundamental e resultado do IDEB no ensino fundamental.

O índice de Saúde de Indaiatuba é de 0.9244, que avalia: número de consultas pré-natal; óbitos por causas mal definidas; óbitos infantis por causas evitáveis e internação sensível à atenção básica (ISAB).

O índice de Emprego & Renda é de 0.8008, que avalia: geração de emprego formal; absorção da mão de obra local; geração de renda formal; salários médios do emprego formal e desigualdade.

A evolução de Indaiatuba desde 2005 assinala que o município sempre se classificou com IFDM alto entre 0.8 e 1.0, sendo: 2005 (0.8821); 2006 (0.8738); 2007 (0.8786); 2008 (0.8781); 2009 (0.8683); 2010 (0.9083); 2011 (0.8969); 2012 (0.8885) e 2013 (0.9009).

O realce positivo do índice no Brasil é a cidade de Extrema (MG), que obteve 0,9050 e é primeira posição no ranking nacional, seguida de São José do Rio Preto (SP), Indaiatuba (SP), São Caetano do Sul (SP), Vinhedo (SP), Concórdia (SP), Votuporanga (SP), Paraguaçu Paulista (SP), Jundiaí (SP) e Santos (SP), que está na 10ª posição – todas com alto nível de desenvolvimento. No ranking geral do IFDM, a Firjan aponta que 60,3% das cidades possuem desenvolvimento moderado e apenas 7,8% registram alto desenvolvimento.

Já o último colocado no ranking nacional, com 0,2763 ponto e no 5.517º lugar, está o município de Santa Rosa do Purus (AC). A cidade possui mercado de trabalho formal estagnado; apenas 16,4% de seus docentes possuem nível superior, em contraste com 79% do país e somente 7,9% de suas gestantes vão a mais de seis consultas pré-natal – conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde – frente à média nacional de 61,8%.

IFDM Brasil
O IFDM Brasil atingiu 0,7441 pontos em 2013, mantendo-se praticamente estável frente ao ano anterior (+0,2%). A pequena movimentação de 0,2% no índice geral do País mostrou um quadro de estagnação do desenvolvimento nacional. Foi o menor avanço da nota brasileira desde o início da série histórica, em 2005. Esse resultado refletiu, sobretudo, o desempenho negativo do IFDM Emprego&Renda, que praticamente anulou o progresso observado nas áreas de Educação e Saúde.

O IFDM Emprego&Renda recuou 4,3%, atingindo 0,7023 pontos, menor nível desde a crise de 2009. Esse recuo foi significativo e ofuscou as conquistas de Educação, cujo indicador alcançou 0,7615 pontos ao crescer 2,8% e Saúde, que avançou 1,9%, totalizando 0,7684 pontos.

O arrefecimento do mercado de trabalho brasileiro foi decisivo para frear o desenvolvimento socioeconômico. A queda do IFDM Emprego&Renda atingiu mais da metade (55,4%) dos municípios brasileiros. Com isso, o já reduzido número de cidades com alto IFDM Emprego&Renda encolheu ainda mais, restringindo-se a apenas 59 munícipios em todo o Brasil, quase 40% menos do que os 98 do ano anterior. Da mesma forma, 1.623 cidades (29,4%) registraram baixo desenvolvimento do mercado de trabalho, superando as 1.503 (27,2%) observadas na edição anterior.

O IFDM Educação atingiu 0,7615 pontos e foi o indicador que mais cresceu em relação ao ano anterior (+2,8%). Este foi o sétimo avanço consecutivo dessa área de desenvolvimento e foi detectado em 81,6% dos municípios. O alto desenvolvimento é observado em pouco mais de um terço dos municípios brasileiros (35,5%), o que ratifica a lacuna ainda existente de esforços para o desenvolvimento da educação básica em todo o país.

O IFDM Saúde avançou 1,9%, atingindo 0,7684 pontos e com melhora do indicador em 63,3% dos municípios. Esses resultados refletem evolução em todas as variáveis que compõem o IFDM Saúde, em especial do indicador de internações sensíveis à atenção básica (ISAB). Nesse quadro, o número de municípios oferecendo serviços eficazes de atenção básica em Saúde a seus habitantes cresceu de 1.800 (32,3%) para 2.014 (36,2%), pouco mais de um terço dos municípios brasileiros. Apesar da melhora nos dados oficiais, o IFDM Saúde ainda é a vertente estrutural do IFDM com maior número de cidades com baixo desenvolvimento: são 198 (3,6%), mais de 20 vezes a quantidade observada no IFDM Educação. São mais de quatro milhões de brasileiros sem atenção básica em saúde. 

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