Crédito da foto: Giuliano Miranda - SCS/PMI.
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A Prefeitura de Indaiatuba recebeu na manhã de sexta-feira
(4) o Índice Firjan de Desenvolvimento
Municipal 2015, que é referência para o acompanhamento do desenvolvimento
socioeconômico brasileiro, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do
Rio de Janeiro. O índice, que acompanha as áreas de Emprego & Renda,
Educação e Saúde, colocou Indaiatuba em 3º lugar do Brasil, 2º lugar no Estado
de São Paulo e 1º lugar da Região Metropolitana de Campinas, com IFDM de
0.9009. A edição 2015 do IFDM, com base em dados relativos a 2013, traz
comparações da série histórica iniciada em 2005 e, de acordo com a instituição,
Indaiatuba é a única cidade brasileira a se manter entre os 10 primeiros
colocados do IFDM em todos os anos.
Para o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, esse é
mais um índice de destaque para Indaiatuba. “A
avaliação é extremamente positiva e são três índices e sub-índices, como
Emprego e Renda, Educação e Saúde. Isso é resultado de um bom planejamento
municipal e uma gestão fiscal de austeridade e de aplicabilidade dos recursos
públicos. O índice que se destaca é o da Educação, cuja pasta também é uma das
primeiras em outras pesquisas, além, é claro, do índice de desenvolvimento
municipal, que nos ranqueia como a terceira cidade do País”, enfatiza. “Nestes 10 anos dos índices da Firjan a
análise dos temas sempre foram de destaque. É o caminho que percorremos com
todos nossos acertos em desenvolvimento da cidade nos obriga a continuar a
fomentar esse desenvolvimento, trazendo novas indústrias – que somente em 2015
foram 25 que irão gerar mais de mil postos de trabalho –, aperfeiçoar a nossa
infraestrutura, o sistema de saúde – e hoje estamos construindo um novo
hospital –, aprofundarmos cada vez mais nosso sistema pedagógico nas escolas
municipais; enfim, deixar Indaiatuba melhor ainda”, conclui.
Metologia
O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para
classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: desenvolvimento baixo
(de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001
a 1). Foram avaliados 5.517 municípios, que abrigam 99,8% da população. Ficaram
fora do índice cinco cidades criadas recentemente, que ainda não possuem dados
suficientes para análise e 48 que não declararam ou possuem informações
inconsistentes.
O destaque para Indaiatuba foi o índice de Educação, com
0.9776, que avalia: matrículas na educação infantil; abandono no ensino
fundamental; distorção idade-série no ensino fundamental; docentes com ensino
superior; média de horas aula diárias no ensino fundamental e resultado do IDEB
no ensino fundamental.
O índice de Saúde de Indaiatuba é de 0.9244, que avalia:
número de consultas pré-natal; óbitos por causas mal definidas; óbitos infantis
por causas evitáveis e internação sensível à atenção básica (ISAB).
O índice de Emprego & Renda é de 0.8008, que avalia:
geração de emprego formal; absorção da mão de obra local; geração de renda
formal; salários médios do emprego formal e desigualdade.
A evolução de Indaiatuba desde 2005 assinala que o município
sempre se classificou com IFDM alto entre 0.8 e 1.0, sendo: 2005 (0.8821); 2006
(0.8738); 2007 (0.8786); 2008 (0.8781); 2009 (0.8683); 2010 (0.9083); 2011
(0.8969); 2012 (0.8885) e 2013 (0.9009).
O realce positivo do índice no Brasil é a cidade de Extrema
(MG), que obteve 0,9050 e é primeira posição no ranking nacional, seguida de São José do Rio Preto (SP), Indaiatuba
(SP), São Caetano do Sul (SP), Vinhedo (SP), Concórdia (SP), Votuporanga (SP),
Paraguaçu Paulista (SP), Jundiaí (SP) e Santos (SP), que está na 10ª posição –
todas com alto nível de desenvolvimento. No ranking
geral do IFDM, a Firjan aponta que 60,3% das cidades possuem desenvolvimento
moderado e apenas 7,8% registram alto desenvolvimento.
Já o último colocado no ranking
nacional, com 0,2763 ponto e no 5.517º lugar, está o município de Santa Rosa do
Purus (AC). A cidade possui mercado de trabalho formal estagnado; apenas 16,4%
de seus docentes possuem nível superior, em contraste com 79% do país e somente
7,9% de suas gestantes vão a mais de seis consultas pré-natal – conforme
preconizado pela Organização Mundial de Saúde – frente à média nacional de
61,8%.
IFDM Brasil
O IFDM Brasil atingiu 0,7441 pontos em 2013, mantendo-se
praticamente estável frente ao ano anterior (+0,2%). A pequena movimentação de
0,2% no índice geral do País mostrou um quadro de estagnação do desenvolvimento
nacional. Foi o menor avanço da nota brasileira desde o início da série
histórica, em 2005. Esse resultado refletiu, sobretudo, o desempenho negativo
do IFDM Emprego&Renda, que praticamente anulou o progresso observado nas áreas
de Educação e Saúde.
O IFDM Emprego&Renda recuou 4,3%, atingindo 0,7023
pontos, menor nível desde a crise de 2009. Esse recuo foi significativo e
ofuscou as conquistas de Educação, cujo indicador alcançou 0,7615 pontos ao
crescer 2,8% e Saúde, que avançou 1,9%, totalizando 0,7684 pontos.
O arrefecimento do mercado de trabalho brasileiro foi
decisivo para frear o desenvolvimento socioeconômico. A queda do IFDM
Emprego&Renda atingiu mais da metade (55,4%) dos municípios brasileiros.
Com isso, o já reduzido número de cidades com alto IFDM Emprego&Renda
encolheu ainda mais, restringindo-se a apenas 59 munícipios em todo o Brasil,
quase 40% menos do que os 98 do ano anterior. Da mesma forma, 1.623 cidades
(29,4%) registraram baixo desenvolvimento do mercado de trabalho, superando as
1.503 (27,2%) observadas na edição anterior.
O IFDM Educação atingiu 0,7615 pontos e foi o indicador que
mais cresceu em relação ao ano anterior (+2,8%). Este foi o sétimo avanço
consecutivo dessa área de desenvolvimento e foi detectado em 81,6% dos
municípios. O alto desenvolvimento é observado em pouco mais de um terço dos
municípios brasileiros (35,5%), o que ratifica a lacuna ainda existente de
esforços para o desenvolvimento da educação básica em todo o país.
O IFDM Saúde avançou 1,9%, atingindo 0,7684 pontos e com
melhora do indicador em 63,3% dos municípios. Esses resultados refletem
evolução em todas as variáveis que compõem o IFDM Saúde, em especial do
indicador de internações sensíveis à atenção básica (ISAB). Nesse quadro, o
número de municípios oferecendo serviços eficazes de atenção básica em Saúde a
seus habitantes cresceu de 1.800 (32,3%) para 2.014 (36,2%), pouco mais de um
terço dos municípios brasileiros. Apesar da melhora nos dados oficiais, o IFDM
Saúde ainda é a vertente estrutural do IFDM com maior número de cidades com
baixo desenvolvimento: são 198 (3,6%), mais de 20 vezes a quantidade observada
no IFDM Educação. São mais de quatro milhões de brasileiros sem atenção básica
em saúde.
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