Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Espaço Galeria SESI-SP recebe exposição de pinturas de João Carlos Favoretto

Divulgação
Pela primeira vez, o projeto Espaço Galeria SESI-SP é dedicado exclusivamente à pintura. A exposição Favoretto, as Cores do Meu Recanto, com curadoria de Rodolfo de Athayde, da Arte A Produções, apresenta um panorama da obra do artista brasileiro João Carlos Favoretto, reconhecido internacionalmente. A mostra inaugura dia 9 de agosto no SESI Campinas (Amoreiras), onde fica em cartaz até o dia 28 de setembro. Outras quatro unidades do SESI-SP fazem parte desse roteiro, que finaliza em 14 de junho de 2015. O evento é gratuito e livre para todos os públicos.
Esta é a primeira exposição individual do artista em seu Estado natal. O pintor expõe com regularidade no exterior e no Rio de Janeiro, cidade onde mora. A mostra reúne 15 telas que exemplificam 30 anos da carreira de Favoretto, sendo as duas últimas décadas dedicadas exclusivamente à pintura.
Dentre as principais características de sua obra, se destacam o valor dado à cor e ao traço mais orgânico – ligado ao gesto e à liberdade no traço em oposição a formas geométricas.
 Favoretto privilegia a emoção e o impulso interno. Com a técnica de pintura a óleo, utiliza o recurso de excessos de tinta que criam os volumes desejados. A cor é colocada em combinações clássicas – fortes amarelos ou azuis profundos, como é o caso de Floresta Noturna – ou inesperadas, como o cor-de-rosa envelhecido e o laranja mais vivo.
As cores, formas, luzes e vibração definem para o artista a ideia de micromundos – curiosas composições de elementos orgânicos que combinam de maneira harmônica pontos destacados de plantas, flores ou pedras, por exemplo, que podem apresentar qualquer posição ou cor. “O orgânico, no meu entender – ou seja, a linha curva, a linha feminina, o macio –  tem uma relação com os fluxos da natureza que a linha reta não tem”, explica Favoretto.
O pintor conta um pouco da sua fonte de inspiração: “Quando cheguei à parte de baixo do Museu de l'Orangerie (Paris), nas salas onde estavam expostas As Ninféias, de Monet, foi o momento em que percebi o que eu queria fazer. Foram os impressionistas que mexeram com a minha cabeça”. Favoretto conclui: “Monet pintou a natureza francesa e eu decidi pintar a natureza do meu país”.

Sobre o artista
Descendente de italianos, João Carlos Favoretto nasceu em 1947, em Casa Branca, no interior de São Paulo. O artista se dedica exclusivamente à pintura há mais de 20 anos, embora sua primeira exposição individual tenha sido em 1981, na extinta Galeria Delfin, no Rio de Janeiro. Nesta mesma cidade em que escolheu para morar, o pintor realizou grandes exposições individuais, como Fragmentos do Carnaval, no Museu da República e Vibrações Cariocas, no Espaço Cultural dos Correios, ambas em 1995. Nos anos seguintes começou a mostrar sua arte em outras cidades brasileiras, como na Galeria Homero Massena, em Vitória (ES), onde realizou a exposição individual Arte in Natura em 1999.
A partir de 2000, Favoretto passou a trabalhar e expor com regularidade no exterior. Suas obras foram apresentadas em diversos países da Europa, como França, Inglaterra, Espanha, Portugal e Finlândia. Durante esse tempo, destacam-se suas diversas participações anuais no Salon d’Automne, em Paris e a exposição individual por conta do ano do Brasil na França na Galerie François Mansart, em 2005, também em Paris. O artista também foi convidado de honra no Salon l’Hivernal de Lyon, na França, onde expôs 20 telas em sala exclusiva. 
Embora Favoretto tenha focado os últimos anos de sua carreira no exterior, não deixa de participar do Arte de Portas Abertas, evento que acontece anualmente em Santa Teresa, bairro carioca onde reside. 
Suas obras estão presentes em diversas coleções particulares e também fazem parte do acervo de algumas instituições, como a Fundação Correios Brasileiros, no Rio de Janeiro e a Fundação Barceló, em Mallorca, na Espanha.  

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