Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sinfônica de Campinas no Castro Mendes este fim de semana

Divulgação
Obras de Villa-Lobos, Strauss e Schumann foram selecionadas para o segundo programa de concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, nos dias 12 e 13 de abril, no Teatro Municipal José de Castro Mendes, às 20h, no sábado e 11h, no domingo. Os concertos serão regidos pelo maestro convidado Jorge Lhez, da Argentina e terá como solista convidado o brasileiro Luiz Garcia na trompa.
O público poderá apreciar Bachianas Brasileiras nº 9, de Heitor Villa-Lobos, uma série de nove suítes, cada uma com sua formação musical específica, nas quais buscou uma união entre o estilo denso do mestre alemão Johann Sebastian Bach e a música popular brasileira. Em seguida, o Concerto nº 2 para Trompa e Orquestra, de Strauss, um dos mais importantes compositores ativos entre o fim do século XIX e meados do XX.
A temporada 2014 integra uma série de concertos no Teatro Castro Mendes, além de apresentações em diversos palcos da região. São mais de 70 apresentações de grandes peças do repertório sinfônico nacional e internacional, com importantes maestros e solistas convidados. Uma das novidades é que o ingresso para este ano é menor em relação ao ano passado, R$25. Também estão sendo vendidos vouchers para assinatura com o pacote completo, por R$200.

Temporada 2014
A datas dos próximos concertos oficiais desta temporada estão programados para 26 e 27 de abril (Paulínia), 10 e 11 de maio, 7 e 8 de junho, 5 e 6 de julho, 9 e 10 de agosto, 23 e 24 de agosto, 18 e 19 de outubro, 8 e 9 de novembro, 22 e 23 de novembro, 13 e 14 de dezembro.
A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas é mantida pela Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e tem como regente titular e diretor artístico o maestro Victor Hugo Toro. A assessoria cultural da Temporada 2014 é da Direção Cultura Produções, produtora especializada em projetos patrocinados via leis de incentivo fiscal, com patrocínio da Unimed Campinas e EMS Pharma e apoio da Lei de Incentivo à Cultura -
Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, que permite a destinação de verba do imposto de renda para projetos culturais.

Sobre Jorge Lhez
Natural de Córdoba, Argentina, iniciou os estudos em regência com Carlos Giraudo, Pedro Ignácio Calderón e Bruno D’Astoli. Aperfeiçoou-se no exterior com Jeffrey Schindler e Harold Farberman, da Hartt School of Music - Hartford (EUA) e com o maestro Eleazar de Carvalho (Brasil), como bolsista da Fundec. Desde 2002 dirige o Coro de Câmara da Universidade Católica de Salta, Argentina. Foi integrante da Conductor’s Institute da Universidade da Carolina do Sul, junto ao maestro Donald Portnoy e a Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendonza. É diretor titular da Orquestra Sinfônica de Salta, Argentina, tem regido orquestras na Argentina, Chile, Brasil, Itália e Colômbia.

Sobre Luiz Garcia
Trompista, iniciou seus estudos no Conservatório de Tatuí. Frequentou a Juilliard School de Nova York e o New England Conservatory de Boston, na classe de Charles Kavalovski. Integrou o renomado Empire Brass de 1995 a 1997, gravando com exclusividade pelo selo Telarc e de 2002 a 2006 atuou como artista convidado do German Brass. Participou por diversas ocasiões como primeira trompa solista convidado da Filarmônica de Berlim, Bayerischer Rundfunk Symphonieorchester, Orchestre de la Suisse Romande, WDR de Colônia, RSO de Frankfurt, Tonhalle de Zurique e Mahler Chamber Orchestra, dentre outras. Foi primeira trompa solista da Osesp de 1997 a 2001. Atualmente é professor efetivo de trompa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e integra a Orquestra Sinfônica Brasileira como primeira trompa solista. Tem vários prêmios como Concurso Sul América (1988), o Prêmio Eldorado (1989) e o 1º lugar no Tilden Prize de Nova York (1993).

Sobre a Orquestra Sinfônica de Campinas
Reconhecida como uma das mais dinâmicas orquestras do País, a Sinfônica de Campinas foi a primeira instituição do gênero a surgir em uma cidade brasileira que não é capital de seu Estado. Em 1975 a Orquestra recebe do poder público o apoio necessário para a manutenção de um grupo solidamente constituído e apto a desenvolver um trabalho artístico de excelência. Com o objetivo de ampliar sua plateia potencial e difundir a música de qualidade, apresenta-se nos mais variados ambientes, internos e externos, tornando-se conhecida nacionalmente e querida entre músicos e ouvintes.

Confira o Programa Sinfônico 2 - Temporada Oficial 2014

Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959)
Bachianas N° 9 (1945)

Richard Strauss (1864 - 1949)
Concerto para Trompa N° 2, TrV 283
Allegro
Andante
Rondó

Robert Schumann (1810 - 1856)
Sinfonia N° 3, op. 97 – Renana
Vivace Scherzo: Molto moderato
Non Solenne Vivace

Bachianas Brasileiras Nº 9
Seguindo a sua assertiva de que a música de Johann Sebastian Bach (1685-1750) poderia se tornar universal através do folclore, Villa-Lobos compôs entre 1930 e 1945 as Bachianas Brasileiras, uma série de nove suítes, cada uma com sua formação musical específica, nas quais buscou uma união entre o estilo denso do mestre alemão e a música popular brasileira.
Considerada como síntese da série, a Bachianas Brasileiras n° 9 foi composta em Nova York em 1945 com duas opções: para coro ou orquestra de cordas. No que se refere à versão para coro, é uma peça raramente executada devido à grande complexidade da escrita vocal. A versão para cordas também é de grande dificuldade, com especial atenção aos contrabaixos.

Richard Strauss (Munique, 1864, Garmisch-Partenkirchen, 1949) 
Concerto nº 2 para Trompa e Orquestra, TrV 283
Strauss foi um dos mais importantes compositores ativos entre o fim do século XIX e meados do XX. Sua vasta produção musical inclui sinfonias, poemas sinfônicos, óperas, concertos e canções. Uma de suas obras mais conhecida é o poema sinfônico Also sprach Zarathustra (Assim falou Zaratustra), tema do filme 2001: Uma odisseia no espaço, dirigido por Stanley Kubrick em 1968.

Robert Schumann (Zwickau, 1810-Endenich, 1856)
Sinfonia n° 3, em Mi bemol Maior, op. 97 - Renana
Schumann inspirou-se nas paisagens do vale do rio Reno para escrever a Sinfonia Renana, conhecida como a terceira, mas que, em ordem cronológica, foi a quarta e última. Escrita entre novembro e dezembro de 1850, ainda não mostra sinais da doença que pouco tempo depois invadiria a sua mente. Nesse período era diretor municipal de música em Düsseldorf, onde ocorreu a estreia em fevereiro de 1851, sob sua regência. Vivia então um dos poucos períodos de relativa tranquilidade, que perdurou até o ano seguinte quando sua saúde começou a deteriorar e ele acabou abandonando o cargo em Düsseldorf.
Em 1854 começou a sofrer alucinações e, atormentado pela ideia da loucura total, tenta o suicídio atirando-se no mesmo rio Reno que havia inspirado a sua sinfonia. Com seu consentimento, foi internado em um asilo, onde faleceu dois anos depois em completa demência.
Informações: (19) 3272-9359 (bilheteria, terça-feira a domingo, das 16 às 21h).

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