Davi Moraes Fotografia |
Para quem está
buscando um espaço lúdico para brincar o carnaval, o bar/restaurante Almanaque Café (Avenida Albino José
Barbosa de Oliveira 1240, em Barão Geraldo, Campinas) preparou uma atração
muito especial para a família toda, principalmente voltada à meninada. As
matinês do Almanaque Café acontecerão ao som do tradicional bloco As
Caixeirosas e, durante as noites, duas bandas irão interpretar
marchinhas, sambas e outras preciosidades do carnaval, bem ao gosto da nossa
cultura popular.
As
Caixeirosas é um bloco tradicional de rua do
distrito de Barão Geraldo fundado em 2006 pela arte-educadora Cristina Bueno
que originou os grupos Caixeiras da Guia
e Caixeiras das Nascentes.
Seus integrantes
tocam caixa (ou tambor pequeno) – instrumento de percussão classificado pela
família dos membrafones, com som produzido pela vibração da membrana (pele). É
considerado um tambor sagrado por conduzir várias manifestações populares, como
Festa do Divino, Congadas, Moçambiques e Folias de Reis, entre outras. No
Brasil, o único lugar que as mulheres tocam tambor em festa sagrada é na Festa
do Divino do Maranhão e são conhecidas como Caixeiras.
Associados aos ritmos
do corpo e da natureza, os tambores foram meio de comunicação entre os homens e
seus deuses. Através dos tempos, foram ganhando diversas formas, tamanhos e
timbres; às vezes tocados com as mãos livres, outras com o auxílio de baquetas.
Na festa do Almanaque
Café, o bloco, que a cada ano traz uma nova boneca gigante, apresenta Aurelinda
Maria, uma burrinha charmosa, vinda diretamente de Fortaleza (Ceará).
“O
meu primeiro contato com estas caixas foi em 1993, com o mestre maranhense Tião
Carvalho, que criou na ocasião o grupo Saia Rodada, em Barão Geraldo, do qual
fiz parte por três anos; a partir daí, várias viagens para o Maranhão foram
feitas”, conta Cristina Bueno, fundadora do bloco. “Aprendi a montar a caixa com o mestre
maranhense César Peixinho, em 1996. A princípio fazia só pra uso próprio e para
os grupos artísticos onde desenvolvia meu trabalho profissional. Com o passar
do tempo outros artistas e grupos começaram a solicitar as minhas caixas pela
dificuldade de obtê-las do Maranhão, o que me levou a pesquisar outros
materiais e a aprimorar a afinação adaptando-a ao nosso clima”, revela. Com
isso, Cristina se tornou a primeira artesã de caixa do Divino de Campinas.
Para mais
informações, o telefone do Almanaque é (19) 3249-0014.
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