Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Almanaque Café apresenta o bloco ‘As Caixeirosas’

Davi Moraes Fotografia
Para quem está buscando um espaço lúdico para brincar o carnaval, o bar/restaurante Almanaque Café (Avenida Albino José Barbosa de Oliveira 1240, em Barão Geraldo, Campinas) preparou uma atração muito especial para a família toda, principalmente voltada à meninada. As matinês do Almanaque Café acontecerão ao som do tradicional bloco As Caixeirosas e, durante as noites, duas bandas irão interpretar marchinhas, sambas e outras preciosidades do carnaval, bem ao gosto da nossa cultura popular.
As Caixeirosas é um bloco tradicional de rua do distrito de Barão Geraldo fundado em 2006 pela arte-educadora Cristina Bueno que originou os grupos Caixeiras da Guia e Caixeiras das Nascentes.
Seus integrantes tocam caixa (ou tambor pequeno) – instrumento de percussão classificado pela família dos membrafones, com som produzido pela vibração da membrana (pele). É considerado um tambor sagrado por conduzir várias manifestações populares, como Festa do Divino, Congadas, Moçambiques e Folias de Reis, entre outras. No Brasil, o único lugar que as mulheres tocam tambor em festa sagrada é na Festa do Divino do Maranhão e são conhecidas como Caixeiras.
Associados aos ritmos do corpo e da natureza, os tambores foram meio de comunicação entre os homens e seus deuses. Através dos tempos, foram ganhando diversas formas, tamanhos e timbres; às vezes tocados com as mãos livres, outras com o auxílio de baquetas.
Na festa do Almanaque Café, o bloco, que a cada ano traz uma nova boneca gigante, apresenta Aurelinda Maria, uma burrinha charmosa, vinda diretamente de Fortaleza (Ceará).
“O meu primeiro contato com estas caixas foi em 1993, com o mestre maranhense Tião Carvalho, que criou na ocasião o grupo Saia Rodada, em Barão Geraldo, do qual fiz parte por três anos; a partir daí, várias viagens para o Maranhão foram feitas”, conta Cristina Bueno, fundadora do bloco. “Aprendi a montar a caixa com o mestre maranhense César Peixinho, em 1996. A princípio fazia só pra uso próprio e para os grupos artísticos onde desenvolvia meu trabalho profissional. Com o passar do tempo outros artistas e grupos começaram a solicitar as minhas caixas pela dificuldade de obtê-las do Maranhão, o que me levou a pesquisar outros materiais e a aprimorar a afinação adaptando-a ao nosso clima”, revela. Com isso, Cristina se tornou a primeira artesã de caixa do Divino de Campinas.
Para mais informações, o telefone do Almanaque é (19) 3249-0014.

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