Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

'Nem Todo Ladrão Vem para Roubar' no Teatro Castro Mendes

Divulgação
O Teatro Castro Mendes recebe este final de semana a comédia Nem todo ladrão vem para roubar, uma farsa do italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura 1997

Sinopse
A comédia, um vaudeville absurdo, conta a história de um ladrão que tenta assaltar uma casa de classe média alta, mas é surpreendido pelo Marido e sua Amante, que pensam que ele é um espião a serviço da Esposa. Eles ameaçam matar o Ladrão ou deixá-lo paraplégico para que não possa contar o que sabe e o Ladrão passa de bandido a vítima.  A partir daí, a peça segue num quiproquó de situações absurdas, no qual um tenta esconder a verdade do outro, com a chegada da Esposa do Marido, da Mulher do Ladrão, do Amante da Esposa e até de um Segundo Ladrão!
A comédia escrita em 1959, inédita no Brasil, é uma farsa ágil e agradável repleta de intrigas, mentiras e disfarces. Na peça, o Ladrão e Sua Esposa são retratados como pessoas de princípios e profissionais com ética, enquanto os ricos são descritos como pessoas sem escrúpulos ou ética, que fazem qualquer coisa para alcançar o que querem. Qualquer semelhança com a atual realidade da elite brasileira não é mera coincidência.
A comédia ligeira – ou vaudeville –, de origem parisiense, é dirigida à pequena e média burguesia e de forte apelo popular. Entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, é construída a partir de uma trama repleta de intrigas, reconhecimentos, golpes e efeitos, sugestões maliciosas e uma salada sobre a vida amorosa. Faz parte da categoria das peças bem feitas ou da dramaturgia do fim do século XVIII, desenvolvida por Scribe, Sardou e Labiche, que se caracterizava pela construção, com grande maestria, da narrativa e das personagens, à qual, com características diversas, pertence também o vaudeville. Entre os seus autores mais notáveis estão Georges Feydeau (1862-1921), com O hotel das trocas livres (1894) e Tristan Bernard (1866-1947), com Tripleatte (1905).

Sobre o autor Dario Fo
É autor, diretor e protagonista de mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo, criador de inúmeros textos publicitários, músicas e monólogos, além, é claro, de ser pintor, cenógrafo, figurinista, encenador, militante político e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1997.
A importância do autor Dario Fo é inegável pelas diversas montagens de suas peças que tivemos no Brasil até hoje. Desde “Morte Acidental de um Anarquista”, dirigida por Antônio Abujamra, com Antônio Fagundes, na famosa CER (Companhia Estável de Repertório), de “Brincando em Cima Daquilo”, que valeu o Prêmio Molière a Marília Pêra, até “Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico”, também dirigida por Abujamra com a interpretação inesquecível de Denise Stocklos.
A chave do teatro de Dario Fo é a utilização da história e das tradições populares como metáfora do presente. Para ele, o verdadeiro teatro satírico nasce da tragédia. Sua dramaturgia é construída a partir de desenhos de personagens, esboços de cenas e de um roteiro de situações.

Ficha Técnica
Texto: Dario Fo
Tradução e Adaptação: Augusto Marin
Direção: Augusto Marin
Elenco:
Ladrão – Carlos Capeletti
Marido - Augusto Marin
Esposa – Maura Hayas
Esposa do Ladrão – Salete Fracarolli
Amante do Marido – Michelle Gabriel
Amante da Esposa – Neto Villar
Segundo Ladrão – Marcos Thadeus
Iluminação: André Lemes
Coordenação: Augusto Marin e Michelle Gabriel
Produção e Assessoria De Imprensa: Nina Stein
Realização: Coletivo Teatral Commune

Serviço:
Nem Todo ladrão vem para roubar
Gênero: Comédia
Onde: Teatro Castro Mendes
Endereço: Praça Correa de Lemos s/nº – Vila Industrial
Telefone: (19) 3272-9359
Quando: 15 de setembro, domingo
Horário: 20 h
Quanto: Gratuito
Duração: 60 minutos
Recomendação: 12 anos.

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