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Divulgação |
O Teatro
Castro Mendes recebe este final de semana a comédia Nem todo ladrão vem para roubar, uma farsa do italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura 1997
Sinopse
A comédia, um vaudeville absurdo, conta a história de
um ladrão que tenta assaltar uma casa de classe média alta, mas é surpreendido
pelo Marido e sua Amante, que pensam que ele é um espião a serviço da Esposa.
Eles ameaçam matar o Ladrão ou deixá-lo paraplégico para que não possa contar o
que sabe e o Ladrão passa de bandido a vítima. A partir daí, a peça segue num quiproquó de
situações absurdas, no qual um tenta esconder a verdade do outro, com a chegada
da Esposa do Marido, da Mulher do Ladrão, do Amante da Esposa e até de um
Segundo Ladrão!
A
comédia escrita em 1959, inédita no Brasil, é uma farsa
ágil e agradável repleta de intrigas, mentiras e disfarces. Na peça, o Ladrão e
Sua Esposa são retratados como pessoas de princípios e profissionais com ética,
enquanto os ricos são descritos como pessoas sem escrúpulos ou ética, que fazem
qualquer coisa para alcançar o que querem. Qualquer semelhança com a atual
realidade da elite brasileira não é mera coincidência.
A comédia ligeira –
ou vaudeville –, de origem parisiense, é dirigida à pequena e média burguesia e de
forte apelo popular. Entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, é
construída a partir de uma trama repleta de intrigas, reconhecimentos, golpes e
efeitos, sugestões maliciosas e uma salada sobre a vida amorosa. Faz parte da
categoria das peças bem feitas ou da dramaturgia
do fim do século XVIII, desenvolvida por Scribe, Sardou e Labiche, que se
caracterizava pela construção, com grande maestria, da narrativa e das
personagens, à qual, com características diversas, pertence também o vaudeville. Entre os seus autores mais
notáveis estão Georges Feydeau (1862-1921), com O hotel das trocas livres (1894) e Tristan Bernard (1866-1947), com
Tripleatte (1905).
Sobre o
autor Dario Fo
É autor, diretor e
protagonista de mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo,
criador de inúmeros textos publicitários, músicas e monólogos, além, é claro,
de ser pintor, cenógrafo, figurinista, encenador, militante político e vencedor
do Prêmio Nobel de Literatura de 1997.
A importância do autor Dario Fo é inegável pelas diversas montagens de
suas peças que tivemos no Brasil até hoje. Desde “Morte Acidental de um
Anarquista”,
dirigida por Antônio Abujamra, com Antônio Fagundes, na famosa CER (Companhia
Estável de Repertório), de “Brincando em Cima Daquilo”, que valeu
o Prêmio Molière a Marília
Pêra, até “Um Orgasmo Adulto Escapa
do Zoológico”, também dirigida por Abujamra com a interpretação
inesquecível de Denise Stocklos.
A chave do teatro de Dario
Fo é a utilização da história e das tradições populares como metáfora do
presente. Para ele, o verdadeiro teatro satírico nasce da tragédia. Sua
dramaturgia é construída a partir de desenhos de personagens, esboços de
cenas e de um roteiro de situações.
Ficha
Técnica
Texto: Dario Fo
Tradução
e Adaptação: Augusto Marin
Direção: Augusto
Marin
Elenco:
Ladrão – Carlos Capeletti
Marido - Augusto Marin
Esposa – Maura Hayas
Esposa do Ladrão – Salete
Fracarolli
Amante do Marido – Michelle
Gabriel
Amante da Esposa – Neto Villar
Segundo Ladrão – Marcos Thadeus
Iluminação: André
Lemes
Coordenação: Augusto
Marin e Michelle Gabriel
Produção
e Assessoria De Imprensa: Nina Stein
Realização: Coletivo
Teatral Commune
Serviço:
Nem
Todo ladrão vem para roubar
Gênero: Comédia
Onde: Teatro Castro Mendes
Endereço: Praça
Correa de Lemos s/nº – Vila Industrial
Telefone: (19) 3272-9359
Quando: 15 de
setembro, domingo
Horário: 20 h
Quanto: Gratuito
Duração: 60 minutos
Recomendação: 12 anos.
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