Falta de punição, sensação de
identidade preservada e o pouco cuidado que empresas e pessoas físicas
dispensam para proteger suas senhas nos computadores criam um ambiente propício
para as práticas de fraudes no mundo cibernético. Pesquisa recente divulgada
pela RSA, divisão de segurança cibernética da EMC, aponta o Brasil como o
principal alvo de criminosos digitais na América Latina. A pesquisa revela
ainda que 40% das fraudes vêm de endereços hospedados nos Estados Unidos.
“Vejo as fraudes como acidentes aéreos. O motivo do acidente raramente é
um só. Na Internet, os criminosos podem ter uma sensação maior de que sua
identidade está preservada, seja por um falso cadastro em uma lan house, seja por uma invasão de wi-fi. Isso, aliado ao fato de que
realmente muitas pessoas não têm cuidados adequados com sua segurança, cria um
ambiente propício para as práticas fraudulentas”, afirma Rafael Pini, Diretor de Tecnologia da Agência Sawi, de Campinas.
Para Pini, uma série de cuidados e
procedimentos básicos são fundamentais para o combate aos crimes cibernéticos
dentro de ambientes corporativos e domésticos, evitando-se dessa forma grandes
prejuízos financeiros e até dor de cabeça para provar inocência.
Senhas:
- Não utilize o recurso de “salvar
senha” disponível na maioria dos navegadores. Normalmente, eles armazenam essas
senhas de forma bastante insegura.
- Nunca utilize senhas baseadas em
palavras de dicionário ou nomes. Essas são as mais fáceis de serem descobertas
de forma automatizada (onde o criminoso utiliza um programa que faz combinações
de palavras e tenta utilizá-las para obter acesso não autorizado).
- Para criar uma senha segura, procure
misturar caracteres especiais, letras maiúsculas, minúsculas e números. Se não
estiver se sentindo muito criativo, existem ferramentas para auxiliar nesse
processo, como, por exemplo, o site http://www.random.org/passwords.
- Não armazene suas senhas em um
arquivo e nem as deixe anotadas. Isso pode parecer um pouco complicado, mas
existe uma técnica simples para memorizar uma senha segura que consiste em você
contar uma história e relacioná-la com a senha. Um exemplo simples: Fiz meu cadastro na Sawi em 2012 (senha FmcnSe2012).
Redes:
Uma das formas mais básicas de um
criminoso obter dados de pessoas pouco cuidadosas é criando uma rede wi-fi sem senha e liberando o
acesso à Internet. Os desatentos efetuam login nessa rede e um programa grava todos os dados transmitidos que podem
conter senhas, dados bancários, dentre outros.
Se você quer acessar a Internet fora de
casa, aqui seguem algumas recomendações - em redes públicas (inclua aqui o café
no qual você pediu a senha ou daquela loja que você frequenta às vezes, mas que
oferece wi-fi):
- Se não for necessário, não conecte em
uma rede Wi-Fi desprotegida.
- No caso de ser necessário conectar,
utilize a opção “Rede Pública” (se estiver usando o Windows).
- Se você frequentemente utiliza “Redes
Públicas”, considere contratar e utilizar um serviço de VPN.
- Utilize um Firewall (o Windows já vem com um
básico embutido). Ele é um programa que bloqueia boa parte de tentativas de
invasão e promove uma segurança maior.
- Procure navegar em sites com SSL ou
HTTPS (você pode ver esse dado na barra de endereços do navegador. A maioria
deles mostra um cadeado seguido de uma informação que comprove a identidade do site, por exemplo: HTTPS://www.controleinformatica.com.br).
- Banco, e-mails e afins devem ser evitados
ao máximo.
- Faça regularmente as atualizações do
sistema e dos seus programas.
Proteja as suas redes:
Os roteadores wi-fi são um dos pontos de maior
facilidade para invasão, mas algumas precauções podem dificultar a vida do
criminoso. Confira:
- Sempre habilite os recursos de
criptografia em seu roteador, mas preste atenção no tipo. Procure utilizar
“WPA2 (AES)” ou similar, evitando ao máximo o tipo WEP e WPA (conhecidas por
serem fracas).
- Será necessário criar uma senha de
acesso e, assim como outras senhas, você pode utilizar as dicas anteriores.
- Procure bloquear o acesso à interface administrativa do
roteador para não ser utilizado via wi-fi. Normalmente é mais fácil o criminoso parar o carro no outro lado da
rua do que plugar um cabo no roteador.
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