A ONG Bolha
de Sabão, que de segunda a sexta atende a crianças em sua sede, aos sábados
reserva suas oficinas para o público adolescente, de 12 a 17 anos. As aulas de hip-hop,
teatro e mercado de trabalho são ministradas por professores voluntários
durante o período da manhã e tarde. Para uma melhor disposição das disciplinas,
a ONG realiza uma parceria com a vizinha Escola José de Campos.
O estudante de Educação Física Rafael Santos
de Paula, 19 anos, dá aula de hip-hop em três academias de Indaiatuba
e ainda encontra um tempo para o voluntariado. “Aqui eu me sinto bem em
auxiliar um pouco estes jovens, pois eu já vi muitos adolescentes que se
livraram das drogas e da marginalidade através da paixão pela dança. Eles
adquirem mais responsabilidade”, conta
Rafael.
O professor universitário Osmar Teixeira é
responsável pelas aulas do projeto Aprendiz, que prepara os jovens para o
mercado de trabalho. “É muito gratificante
dedicar um pouco do meu tempo com jovens, procuro compartilhar não apenas as teorias
sobre o mundo corporativo, mas também a minha experiência de 27 anos no mercado
de trabalho”.
“Sou voluntária na ONG
desde janeiro de 2008 e defino esse trabalho como apaixonante. Assistir vidas
se transformarem, crianças que eram consideradas perdidas, casos sem solução e
que em busca de um objetivo, em busca da realização de um sonho, decidiram
mudar suas atitudes e consequentemente suas vidas e saber que fiz parte disto”, conta Lucimara Benedetti, responsável pela
oficina de teatro.
Para os jovens que frequentam as oficinas, as
aulas são uma oportunidade de se focar em uma realidade menos difícil. L. R.
S., 13 anos, ainda está na 6ª série. Filho de pais com problemas de vícios com
drogas, ele conta com timidez sobre sua vida. Em poucas palavras, ele traduz o
que significa estar na ONG. “Antes eu não fazia nada na escola, mas agora a Bolha de Sabão vê o meu
boletim, então eu não posso mais deixar de fazer os exercícios e meus pais não
me deixam faltar nas oficinas”, conta.
J.C.S.C., 13 anos, também se aquieta ao ter
que contar sobre sua vida: a mãe está presa por tráfico de drogas e desde então
mora com um primo junto com mais cinco irmãos, que hoje também frequentam a ONG
durante a semana. “De segunda a sexta eu
ajudo como monitora da ONG e participo também de outras oficinas. Isto me ajuda
muito, pois eu não fico pensando nos meus problemas; quando chego em casa tenho
que ensaiar o que foi dado nas aulas, daí eu não lembro do resto”, relata.
Quem quiser participar das oficinas,
contribuir com doações ou mesmo ser voluntário pode entrar em contato pelo
telefone (19) 3935-4302 ou ir pessoalmente até a Rua João Batista Nunes
Beccari, 33 (antiga Rua 7), no Jardim Morada do Sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário