Muito antes das redes sociais, já havia uma maneira
econômica e simples de compartilhar mensagens e imagens com amigos: o cartão postal.
Criado em meados do século XIX e introduzidos no Brasil em 1880, tornaram-se,
ao longo do século XX, uma forma popular de comunicação em viagens. Apaixonada
por viajar, a colecionadora Ema Klabin (Rio de Janeiro, 25
de janeiro de 1907 — São
Paulo, 27 de janeiro de 1994) possui um
arquivo com mais de 450 cartões postais. Para que o público conheça essas
raridades, o curador da Fundação Ema
Klabin, Paulo Costa, organizou a exposição Cartões Postais com uma
seleção desse conjunto. Integram ainda a mostra álbuns de cartões e fotografias
em miniatura que Ema e suas irmãs compraram em sua juventude.
“Os cartões
postais revelam lugares exóticos visitados por Ema Klabin e por seus amigos,
locais onde ela passou a sua juventude e até imagens de peças de museus que considerava
interessantes para a sua coleção”, explica o curador Paulo Costa. Segundo ele, a colecionadora – que foi
educada na Suíça e na Alemanha, onde morou com a família durante a Primeira
Guerra Mundial – não gostava de tirar fotografias, o que fez com que ampliasse
sua coleção de cartões postais.
Entre as raridades, é possível ver uma série antiga
de vistas do Rio de janeiro antes que os edifícios tomassem conta da paisagem;
o antigo Belvedere Trianon, localizado onde hoje fica o MASP, na Avenida
Paulista, em São Paulo, construído em 1916 por Ramos de Azevedo e demolido em
1951. E até o Parque do Anhangabaú, criado em 1910, onde se veem o Clube
Comercial, o Palacete do Conde Prates e o antigo Viaduto do Chá, todos também
demolidos.
Veja como os cartões postais foram catalogados:
Juventude na Europa: Após residirem na Suíça, durante a Primeira Guerra Mundial, Ema e suas irmãs Eva e Mina fixaram residência em Berlim, onde puderam continuar seus estudos. Acompanhadas pela mãe, realizaram diversas viagens pela Europa, frequentando estações termais na Alemanha e Áustria, onde Fanny podia tratar de sua saúde frágil, além de viagens pelo sul da França e pela Itália, durante o verão. Costumavam mandar cartões postais ao seu pai Hessel, que permanecia no Brasil trabalhando, além de colecioná-los como lembranças dos lugares que visitaram.
Rio de Janeiro e São Paulo: Esta série antiga de vistas do Rio de janeiro revela a surpreendente beleza natural da cidade e suas praias antes que os edifícios tomassem conta da paisagem. Um dos cartões de São Paulo, da mesma época, mostra o antigo Belvedere Trianon (localizado onde hoje fica o MASP, na Avenida Paulista), construído em 1916 por Ramos de Azevedo e demolido em 1951. O outro mostra o Parque do Anhangabaú, criado em 1910, onde se veem o Clube Comercial, o Palacete do Conde Prates e o antigo Viaduto do Chá, todos também demolidos.
Centenário da Independência: Para a comemoração do Centenário da Independência do Brasil, a Secretaria do Interior distribuiu nas escolas públicas do Estado de São Paulo esta série de cartões alusivos a momentos importantes de nossa história, com reproduções de pinturas famosas e textos explicativos. Há ainda um cartão com juramento à Bandeira, que deveria ser proferido pelos estudantes nas comemorações. As irmãs Klabin, que na época estudavam na Europa, provavelmente compraram o conjunto para conhecerem melhor a nossa história.
Brasil para estrangeiros: No começo do século XX, tornaram-se comuns expedições fotográficas que buscavam registrar a nossa flora e fauna, além das populações indígenas que poucos conheciam. Estas imagens eram reproduzidas em cartões postais impressos em papel fotográfico criado por Conrado Wessel, que dominava o mercado e patenteara o processo. No verso destes cartões há anotações em francês manuscritas por Ema Klabin, indicando que pretendia enviá-los a amigos na Europa.
Hotéis, navios e aviões: Para o círculo de amigos de Ema Klabin, era bastante comum o envio de cartões postais de hotéis e navios onde se hospedavam, com a clara intenção de mostrar o requinte e o luxo de suas viagens. Os cartões de navios aqui mostrados foram todos adquiridos por Ema em suas viagens. Há ainda um cartão do antigo avião de passageiros supersônico Concorde, que fazia a rota Rio de Janeiro - Paris em apenas 6 horas, entre 1977 e 1982.
Tipos exóticos: Estes cartões trazem um pouco dos trajes, danças e povos exóticos que Ema e seus amigos conheceram em suas viagens de volta ao mundo. Muitos deles foram enviados por Helena e Ladislas Segy, que sempre estavam em busca de novas peças para a sua renomada galeria em Nova Iorque. Segy foi um importante marchand de Arte Africana e foi através dele que Ema comprou a maior parte de suas peças daquele continente.
Lugares sagrados: Ema Klabin tinha especial interesse por todas as religiões do mundo, que buscou conhecer em suas leituras e suas viagens, devido aos seus aspectos artísticos e históricos. Estes cartões trazem um panorama de tudo aquilo que teve oportunidade de conhecer ao longo de sua vida que, de certa forma, explica a diversidade de sua coleção.
Ideias para a coleção: Ema Klabin tinha o hábito de comprar cartões de todas as obras de arte que lhe interessavam em suas visitas a igrejas, museus e exposições. Alguns traziam imagens de peças semelhantes às que já adquirira e serviam de comparação; outras, claramente, eram referências ao que ela ainda pretendia comprar no futuro.
Serviço:
Juventude na Europa: Após residirem na Suíça, durante a Primeira Guerra Mundial, Ema e suas irmãs Eva e Mina fixaram residência em Berlim, onde puderam continuar seus estudos. Acompanhadas pela mãe, realizaram diversas viagens pela Europa, frequentando estações termais na Alemanha e Áustria, onde Fanny podia tratar de sua saúde frágil, além de viagens pelo sul da França e pela Itália, durante o verão. Costumavam mandar cartões postais ao seu pai Hessel, que permanecia no Brasil trabalhando, além de colecioná-los como lembranças dos lugares que visitaram.
Rio de Janeiro e São Paulo: Esta série antiga de vistas do Rio de janeiro revela a surpreendente beleza natural da cidade e suas praias antes que os edifícios tomassem conta da paisagem. Um dos cartões de São Paulo, da mesma época, mostra o antigo Belvedere Trianon (localizado onde hoje fica o MASP, na Avenida Paulista), construído em 1916 por Ramos de Azevedo e demolido em 1951. O outro mostra o Parque do Anhangabaú, criado em 1910, onde se veem o Clube Comercial, o Palacete do Conde Prates e o antigo Viaduto do Chá, todos também demolidos.
Centenário da Independência: Para a comemoração do Centenário da Independência do Brasil, a Secretaria do Interior distribuiu nas escolas públicas do Estado de São Paulo esta série de cartões alusivos a momentos importantes de nossa história, com reproduções de pinturas famosas e textos explicativos. Há ainda um cartão com juramento à Bandeira, que deveria ser proferido pelos estudantes nas comemorações. As irmãs Klabin, que na época estudavam na Europa, provavelmente compraram o conjunto para conhecerem melhor a nossa história.
Brasil para estrangeiros: No começo do século XX, tornaram-se comuns expedições fotográficas que buscavam registrar a nossa flora e fauna, além das populações indígenas que poucos conheciam. Estas imagens eram reproduzidas em cartões postais impressos em papel fotográfico criado por Conrado Wessel, que dominava o mercado e patenteara o processo. No verso destes cartões há anotações em francês manuscritas por Ema Klabin, indicando que pretendia enviá-los a amigos na Europa.
Hotéis, navios e aviões: Para o círculo de amigos de Ema Klabin, era bastante comum o envio de cartões postais de hotéis e navios onde se hospedavam, com a clara intenção de mostrar o requinte e o luxo de suas viagens. Os cartões de navios aqui mostrados foram todos adquiridos por Ema em suas viagens. Há ainda um cartão do antigo avião de passageiros supersônico Concorde, que fazia a rota Rio de Janeiro - Paris em apenas 6 horas, entre 1977 e 1982.
Tipos exóticos: Estes cartões trazem um pouco dos trajes, danças e povos exóticos que Ema e seus amigos conheceram em suas viagens de volta ao mundo. Muitos deles foram enviados por Helena e Ladislas Segy, que sempre estavam em busca de novas peças para a sua renomada galeria em Nova Iorque. Segy foi um importante marchand de Arte Africana e foi através dele que Ema comprou a maior parte de suas peças daquele continente.
Lugares sagrados: Ema Klabin tinha especial interesse por todas as religiões do mundo, que buscou conhecer em suas leituras e suas viagens, devido aos seus aspectos artísticos e históricos. Estes cartões trazem um panorama de tudo aquilo que teve oportunidade de conhecer ao longo de sua vida que, de certa forma, explica a diversidade de sua coleção.
Ideias para a coleção: Ema Klabin tinha o hábito de comprar cartões de todas as obras de arte que lhe interessavam em suas visitas a igrejas, museus e exposições. Alguns traziam imagens de peças semelhantes às que já adquirira e serviam de comparação; outras, claramente, eram referências ao que ela ainda pretendia comprar no futuro.
Serviço:
Exposição: Cartões
Postais
Catalogação,
Curadoria e Pesquisa: Paulo de
Freitas Costa
Abertura: 31 de agosto de 2013, às 15h
Visitação: 31 de agosto a 30 de outubro de 2013 - Terça à
sexta: às 14h, 15h e 16h.
Crianças a partir de 12 anos
As visitas são orientadas e duram em média uma hora. Devem ser previamente agendadas pelo telefone (11) 3062-5245 ou pelo site www.emaklabin.org.br
Preço: R$10,00 inteira e R$5,00 para aposentados, professores e estudantes. Em sábados de shows, a visitação é gratuita.
Endereço: Rua Portugal 43, Jardim Europa, São Paulo.
As visitas são orientadas e duram em média uma hora. Devem ser previamente agendadas pelo telefone (11) 3062-5245 ou pelo site www.emaklabin.org.br
Preço: R$10,00 inteira e R$5,00 para aposentados, professores e estudantes. Em sábados de shows, a visitação é gratuita.
Endereço: Rua Portugal 43, Jardim Europa, São Paulo.
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