Paulo Branco expõe 'Nus Cordéis' na Casa Lola

Obra Tigun, que faz parte da mostra.

"Toda arte é erótica", declarou o arquiteto Alfred Loos, em 1908. "Tudo é sedução", explica o artista Paulo Branco, um século depois, sobre sua última e profícua fase. Nus Cordéis é a mostra inédita do artista, com 50 desenhos em grafite e aquarela sobre papel e 18 telas de grandes formatos em acrílica. O nome é uma provocação por conta do erotismo das imagens e da própria expografia, que traz parte das obras penduradas em cordas.
O traçado de Branco é minimalista, delicado, remetendo a um balé de corpos em posições e movimentos apenas sugeridos; às vezes, um único corpo em êxtase, outras, dois ou mais corpos se juntam no balé dos grafites acariciados por um véu multicolorido de tinta aquarelada e translúcida.

As representações eróticas mais antigas datam da época paleolítica com as pinturas rupestres e, na História da Arte, o erotismo retrata a relação entre o homem e sua identidade em todos os continentes e em todos os tempos. Há também o encantamento humano diante da própria capacidade de se reproduzir e o fato de a humanidade só existir pela infinidade milenar de acasalamentos e nascimentos.
Nus Cordéis, com coordenação artística de Ligia Testa e parceria de Lucila Viera e Milena Carlström, tem vernissage em 2 de agosto, sábado, na Casa Lola, das 11 às 17 horas, com a exposição estendendo-se até 31 de agosto.

Telas, gravuras e objetos com a arte assinada por Paulo Branco estarão à venda (ótima sugestão para o dia dos pais). No vernissage, ao comprar um presente da mostra, ganha-se a caricatura feita na hora pelo artista. A Casa Lola fica na Rua Sampaio Ferraz 581, no Cambuí, em Campinas e receberá os convidados com degustação do chopp artesanal da RockBiru, como cortesia, das 14 às 16.