A quantidade de lixo produzida pelas sociedades modernas é algo assustador. Pelo menos nesse quesito, não estamos tão atrás, já que os países menos desenvolvidos produzem menos lixo que as grandes potências.
No caso do lixo hospitalar, a coisa inverte: o Brasil, querendo ser mais realista que o rei, implantou uma política de resíduos de saúde que, de tão complicada, não vem sendo executada nos conformes. Exemplo disso é que, enquanto a legislação brasileira exige que os resíduos sejam separados em cinco categorias, a Organização Mundial de Saúde exige apenas a seleção dos resíduos em contaminados e não-contaminados. "Pelas normas brasileiras vigentes, no momento da geração do resíduo o profissional da saúde deve saber para qual das dez subdivisões de classe de RSS ele irá destinar o material gerado, tornando extremamente complexo e inseguro este procedimento obrigatório. Vale ressaltar que a função primordial do profissional de saúde não é esta, mas sim atender o paciente e que o risco de falha humana é grande, potencializando a chance da proliferação de vírus, bactérias e demais agentes perigosos", explica o coordenador jurídico da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho. O assunto foi discutido recentemente no 1º Encontro Técnico Sobre Resíduos de Saúde da Região Metropolitana de Campinas, no Meliá Comfort Campinas.
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