Tive que ir ao centro da cidade hoje e, andando pela rua Candelária, assisti a um tipo de invasão que me consegue abespinhar como poucas outras formas de falta de civilidade: uma loja de eletrodomésticos encheu boa parte da calçada com dezenas de máquinas de lavar. Diante da minha indignação, um amigo que me acompanhava disse que a calçada era deles. 'Deles, não; minha, sua, nossa', repliquei. Infelizmente, a pretexto de estimular vendas, invadem-se espaços alheios e não apenas no centro. Na avenida Visconde de Indaiatuba não é incomum ver carros estacionados sobre as calçadas, como se os pedestres tivessem alguma coisa a ver com o fato de o proprietário do estabelecimento precisar sustentar a família; ladrões e vigaristas também precisam, oras, e nem por isso sua necessidade os avaliza. Trabalho com marketing e sei que há infinitas outras formas de publicidade que não invadem espaços nem corrompem costumes.
Fiscalização, gente, fiscalização, como já provou Jânio Quadros quando era prefeito de São Paulo e descia do carro oficial para lavrar, ele próprio, multas de trânsito. O trânsito da cidade ficou uma ilha de civilidade.
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